Assistimos a um constante incremento do uso de drones nos mais variados tipos de missões. Inicialmente apenas os militares recorriam a estas aeronaves, posteriormente a sua utilização foi estendida a outras áreas, nomeadamente a segurança interna (v.g. fluxos de trânsito, incêndios, acompanhamento de operações, ambiente, grandes eventos).
Em Portugal, relativamente aos incêndios, tudo apontava para que este verão estivessem operacionais 12 drones de vigilância, pelos quais terão sido pagos 4,5 milhões de euros e que se iriam juntar aos que já são utilizados pela GNR. Até ao momento, estas aeronaves ainda não entraram em ação, não obstante terem sido indicadas diversas datas para o efeito, tudo se processando numa espécie de “jogo do empurra” entre o Ministério da Defesa, do Ambiente e a Força Aérea.
Porque são inegáveis as vantagens destas aeronaves na prevenção dos incêndios, no apoio ao respetivo combate e no socorro, resulta daqui um evidente prejuízo em toda esta dinâmica que se tem vindo a arrastar e ao que parece prolongar-se-á no tempo, havendo já quem duvide da possibilidade de utilização destes meios no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais 2020.
Como escreveu o Major – General Carlos Branco, “seria injusto não tirar o chapéu à competência do Governo em matéria de propaganda, ou se quisermos, em matéria de Comunicação Estratégica, como se diz agora, pela forma como tem vindo a iludir os portugueses nesta matéria e como conseguiu neutralizar qualquer pensamento crítico da Comunicação Social relativamente ao que está a ocorrer”.
L.M.Cabeço
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