Napoleão Bonaparte terá afirmado que “a Gendarmerie é uma organização à parte. É a maneira mais eficaz de manter a tranquilidade de um país, é uma vigilância meio civil meio militar, estendida por todo o lado.”
No México, durante a campanha eleitoral para a presidência, o atual presidente Enrique Peña Nieto prometeu a criação de uma força de segurança de natureza militar (Gendarmeria), com um posicionamento intermédio (entre a polícia civil e o exército) que permitiria combater os cartéis e toda a dinâmica de violência que lhes é inerente, e ao mesmo tempo retirar o exército das ruas para os quartéis afastando-o da segurança interna.
Uma força deste género, devido à sua dispersão territorial pela quadrícula e à sua subordinação ao poder central, afirma a presença deste último em todo o território, constituindo um entrave à existência de uma segurança interna pulverizada e submetida aos interesses de alguns.
Num artigo publicado no Real Instituto El Cano, Sonia Alda Mejías, analisa o processo de introdução de uma Gendarmeria no México, as vicissitudes que o mesmo atravessou e a solução adotada, a qual não corresponderá às expectativas iniciais.
Uma leitura interessante tanto para os defensores do “modelo gendármico”, como para os seus detratores.
Manuel Ferreira dos Santos
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