O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) lançou recentemente o Boletim 3/2021, do Observatório de Cibersegurança dedicado ao tema “competências”, refletindo sobre o mote da conferência C-DAYS 2021, organizada pelo CNCS, “naturalizar competências”, e sobre a situação do país relativamente às competências em cibersegurança.
O CNCS dispõe de uma vasta oferta formativa, na qual se destaca o Curso Geral de Cibersegurança (CGC), através do qual se pretende, de uma forma abrangente, contribuir para a sensibilização, educação e literacia em todas as questões que caracterizam, moldam, influenciam e conduzem ao estado-da-arte atual da cibersegurança e do ciberespaço, estando previstas duas edições, uma em outubro e outra em dezembro. Como referiu Manuel Ramalho Eanes, a “Cibersegurança é chave no desenvolvimento de uma estratégia de transformação digital de sucesso”, pois “um ambiente seguro é fundamental para estabelecer e desenvolver qualquer atividade económica ou social”.
As notícias publicadas sobre esta questão são bastante ilustrativas:
- Autoridades alertam para roubos de dados de cartões de crédito com imagens dos CTT e EDP. In Público
- Biden exige a Putin que tome medidas contra ciberataques russos. In Público
- Ciberataque fez um dos principais operadores de oleodutos suspender toda a atividade. In DN
- Ciberataques aumentaram 79% em Portugal em 2020. In DN
- Cibercrime: “Métodos vão sendo cada vez mais arrojados”. In Público
- Presidência da União Europeia. UE e EUA decidem criar grupo de trabalho para combater cibercrime. In Observador
Sobre este assunto e outros que a ele estão ligados, foi recentemente publicado um livro, A Arma Perfeita, da autoria de David E. Sanger, uma “narrativa sobre como o aumento do uso de ciberarmas transformou a geopolítica de uma maneira que não acontecia desde a invenção da bomba atómica. Além de serem baratas, é fácil negar a responsabilidade pelo seu uso e são muito eficazes para alcançar uma série de finalidades maliciosas — de danificar infraestruturas a semear a discórdia e a dúvida”.
Uma leitura que permite compreender porque razão “as ciberarmas são os instrumentos preferidos tanto de democracias como de ditadores e terroristas”.
Pedro Murta Castro
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