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Estudos, Segurança

Teorias da conspiração

As teorias da conspiração assentam na crença de que determinados acontecimentos ou situações são manipulados secretamente, nos bastidores, por forças poderosas e mal-intencionadas, podendo-se identificar seis características comuns:

  • Um alegado plano secreto.
  • Um grupo de conspiradores.
  • «Elementos de prova» que parecem confirmar a teoria da conspiração.
  • Falsas sugestões de que nada acontece por acaso e que não há coincidências, de que nada é o que parece e tudo está interligado.
  • A divisão do mundo entre «bons» e «maus».
  • A designação de pessoas ou grupos como bodes expiatórios.Wook.pt - A Natureza das Teorias da Conspiração

Sobre este tema recomendamos a leitura das seguintes obras:

A primeira delas, da autoria de Michael Butter, “A Natureza das Teorias da Conspiração”, “fornece uma introdução clara e abrangente sobre a natureza e o desenvolvimento destas teorias. Apesar de serem menos populares e influentes do que no passado, o seu recente renascimento está relacionado com a internet, que lhes dá maior exposição e contribui para a fragmentação da esfera pública. Atualmente, as teorias da conspiração continuam a ser estigmatizadas em muitos ramos da cultura mainstream, mas estão a ser Wook.pt - Teorias da Conspiraçãomais uma vez aceites como conhecimento legítimo noutros. É o choque entre estes domínios e as suas diferentes conceções de verdade que tem incendiado o debate atual sobre as teorias da conspiração”.

Na outra, intitulada Teorias da Conspiração, Fernando Neves, tenta “encontrar explicações sobre o que são, quem são os seus protagonistas e, sobretudo, como se propagam estas Teorias da Conspiração, feitas de histórias mais ou menos fantasiosas que são passadas de boca em boca e que têm atravessado gerações, marcando a nossa forma de ver o mundo. Atribuir a origem de um determinado problema a uma entidade externa, a um ser inatingível, invisível aos nossos olhos, é muitas vezes uma solução, na falta de outras explicações mais simples. Procurar alguém em quem colocar as culpas de tudo o que de mau acontece à nossa volta é altamente tentador”.

Como este tipo de teorias se direcionam para um determinado indivíduo considerado o conspirador ou para um grupo de conspiradores e respetivos líderes que estão na base de uma ameaça real ou imaginária, os seus criadores aproveitam-se dos que embora sabendo que não tem correspondência na realidade as difundem, muitas em vezes de um forma cínica em proveito próprio, e dos “comedores de vento”, os que “não precisam de procurar a verdade, não precisam de duvidar, têm um pensamento preguiçoso, não têm medo de errar porque alguém pensa por eles”, para desta forma fomentar o sentimento de insegurança. Isto porque a segurança tem uma vertente psicológica a qual decorre do facto de vivermos permanentemente em angústia e insegurança, uma dicotomia  destruição – preservação, sendo o medo um estado permanente ao longo da existência como perceção de um perigo interno ou externo, real ou imaginário, apesar destas sensações na maior parte das vezes não terem qualquer fundamento.

L.M.Cabeço

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