1.A Europa continua a ser literalmente inundada com drogas, recorrendo os traficantes a todos os
estratagemas possíveis e imaginários. Num dos casos, a Autoridade Tributária e Aduaneira apreendeu 240 quilos de cocaína no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, dissimulados num contentor. Numa outra situação, foram apreendidas três embarcações rápidas e identificadas 11 pessoas em águas internacionais a sul do Algarve. E, na prisão do Linhó, nos arredores de Lisboa, foi apreendido mais de um quilo de haxixe em dois dias. Pelo que não é de espantar que tenham disparado os alertas contra a lavagem de dinheiro.
A abordagem do problema tem que ser efetuada através de estratégias concertadas que englobem a prevenção (nas suas várias modalidades) e o combate, abrangendo a origem dos estupefacientes, os meios de transporte, os possíveis locais de entrada e ainda os “mercados”. O que exige um reforço e um permanente investimento nos meios humanos e materiais implicados neste tipo de missão. Caso contrário, tudo não passará de um conjunto de apreensões avulsas e dispersas, com direito a inclusão nos noticiários e nos jornais.
2.Das notícias relativas ao panorama criminal português há três temas que têm vindo a sobressair. A verdadeira epidemia de facadas que tem assolado o território nacional de lés a lés, o número de assaltos a residências relatado diariamente na imprensa e as agressões a elementos das Forças de Segurança. Nos três casos, por razões conhecidas, convém que os diversos atores com responsabilidade de atuação arregacem as mangas e envidem todos os esforços no sentido de minimizar estas “pragas”.
3.Por fim, recomendamos a leitura de um artigo de Sérgio A. Vitorino, no CM, intitulado “Duas chapadas de realidade”, onde a propósito do acidente trágico que vitimou cinco militares da UEPS/GNR e do furto ocorrido na Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna, disserta sobre os suplementos nas Forças de Segurança e a percepção do aumento da criminalidade.
L.M.Cabeço

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