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Segurança

Sinistralidade

1.Segundo dados divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, de janeiro a outubro de 2024 foram registados 31.633 acidentes com vítimas, 405 vítimas mortais, 2.304 feridos graves e 37.081 feridos leves no Continente e nas Regiões Autónomas. Face aos primeiros dez meses de 2023, registaram-se menos 18 vítimas mortais (-4,4%) e uma diminuição de 1,39 para 1,30 no índice de gravidade. Contudo, houve mais 818 acidentes (+2,8%), mais 80 feridos graves (+3,9%) e mais 976 feridos leves (+2,8%).

Dados extremamente preocupantes. Se o país estivesse envolvido num conflito armado e no mesmo lapso temporal tivessem morrido 405 militares, 2304 feridos graves e 37.081 feridos leves, ou o mesmo número de civis vítimas de bombardeamentos, seria sentida uma onda de consternação de dimensões incalculáveis. Pelo contrário, perante o cenário que se vive nas estradas portuguesas a reação pauta-se por alguma passividade  e quase que se aceita o facto como normal.  

De uma vez por todas, os condutores e os peões devem adotar comportamentos que contribuam para a redução do número de mortes e feridos. Além disso, são necessárias campanhas de prevenção, uma fiscalização rodoviária adequada e vias de circulação em condições.

2.Depois de tanta agitação, manifestações, dos mais variados aproveitamentos, discussões inflamadas, infinitas horas de trabalho para o “comentariado nacional” que se debruçou sobre o assunto com particular afinco, de acordo com o DN a Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) «considerou que a operação especial de prevenção criminal da PSP que decorreu no Martim Moniz no passado dia 19 de dezembro cumpriu “os preceitos legais, gerais e específicos”»

Todas estas movimentações tiveram a virtude de chamar a atenção para a realidade nua e crua (v.g. tráfico de droga, prostituição, crimes da mais variada etiologia) daquela parte de Lisboa. Reflexo desta realidade foi o furto no interior do veículo de Joana Mortágua, ocorrido em frente à sede do Bloco de Esquerda na Rua da Palma.

Relativamente às críticas à atuação da Polícia de Segurança Pública (idêntica a tantas outras), este relatório veio comprovar que afinal “a montanha pariu um rato”. Por seu turno, as incursões jornalísticas ao local não deixam margem para dúvidas que a zona precisa de uma intervenção urgente a vários níveis, sendo um deles a segurança. Cabe às entidades competentes decidir qual a terapêutica a utilizar.

3.Com relativa frequência encontramos na imprensa referência a ataques de natureza diversa contra mulheres (v.g. assédio, violação). 

Neste contexto, e para evitar situações deste género, a portuguesa Julieta Rueff criou uma granada, ou seja um dispositivo com o formato deste artefato bélico (FlamAid) que emite um alarme sonoro (110 decibéis durante 15 minutos) e alerta contactos de emergência em situações de perigo (contactos selecionados e autoridades), desenhado para se adaptar à mão e ser ativada facilmente em qualquer situação, reutilizável e recarregável.

Sousa dos Santos

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