O tema do coronavírus (2019-nCoV) domina o panorama noticioso. Começou por ser algo a que não se deu grande importância. Recorde-se que ainda no dia 15/01/2020, a DGS considerava que o vírus detetado na China não era causa para alarme. Entretanto, o discurso mudou, começando-se a transmitir conselhos, pedindo-se “tranquilidade” e garantindo que “as autoridades estão atentas”.
Neste momento, a China regista mais de 100 mortos e de 4.000 infetados, havendo relatos de casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.
Além de todas as medidas preventivas que estão em curso, trabalha-se no desenvolvimento de uma vacina que se pensa estar apta a ser testada no espaço de 40 dias, ao mesmo tempo tudo aponta para que o pico do surto aconteça entre uma semana a 10 dias.
A Organização Mundial de Saúde, o Centers for Disease Control na Prevention (CDC) e o European Centre for Disease Prevention and Control colocaram ao dispor do público em geral um acervo informacional sobre este tema, bem como mapas interativos que nos dão a panorâmica da evolução do coronavírus a nível mundial.
Além disso, a DGS emitiu a Orientação nº 002/2020 de 25/01/2020 – Infeção pelo novo Coronavírus (2019-nCoV), e no Portal das Comunidades informa-se que nas presentes circunstâncias, desaconselham-se neste momento, e até que a situação atual seja revista pelas autoridades chinesas, viagens não essenciais à China, não apenas pelos eventuais riscos de saúde mas também pelas presentes limitações na circulação dentro do país.
Por fim, e não obstante um conjunto de problemas que afeta o SNS, a titular da pasta da Saúde veio sossegar o país afirmando que os hospitais estão preparados para lidar com eventual epidemia. Tenho tanto receio que a epidemia nos entre pelas portas dentro como deste tipo de certezas.
Pedro Murta Castro
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