Ainda ontem, a ministra da Saúde afirmou que o plano de vacinação para a covid-19, semelhante aos da Bélgica, da França, do Reino Unido e da Espanha, será apresentado nos próximos dias.
Mas, só hoje, foi publicado um Despacho que determina a constituição de uma task force para a elaboração do «Plano de vacinação contra a COVID-19 em Portugal», integrada por um núcleo de coordenação e por órgãos, serviços e organismos de apoio técnico.
Esta estrutura deve produzir documentos que reflitam:
- A estratégia de vacinação, com a definição dos grupos prioritários;
- O plano logístico;
- O plano de segurança do armazenamento e distribuição das vacinas;
- O plano de administração das vacinas;
- O plano de registo e monitorização clínica da administração das vacinas;
- O plano de comunicação aos cidadãos;
- As iniciativas normativas consideradas necessárias e adequadas.
Estes documentos devem ser produzidos no prazo de 30 dias. O mandato da task force tem a duração de seis meses, renovável em função do progresso da operacionalização da vacinação contra a COVID-19.
Daqui resulta que o plano de vacinação que segundo a ministra da Saúde deveria ser apresentado nos próximos dias, só, se tudo correr bem, virá à luz daqui a um mês, ou seja no final do ano. O que tendo em conta as notícias que vêm de além Pirenéus e “dos nossos vizinhos do lado” [1] (uma barreira que apesar da globalização ainda se faz sentir) implicará um significativo atraso em relação ao resto da Europa, com implicações aos mais variados níveis.
L.M.Cabeço
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[1]
- Alemanha é a lebre na corrida para preparar vacinação da covid-19;
- Vacina não será obrigatória em França e vacinação será em dezembro ou janeiro;
- Reino Unido pode administrar vacina contra a Covid-19 a cidadãos com mais de 85 anos e profissionais de Saúde “no próximo mês”;
- Espanha vai ter 13 mil centros de vacinação.
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