O conceito de fronteira está associado à linha que delimita territorialmente um Estado, fixando a sua extensão, bem como à zona de separação entre coisas distintas, a limites. Sobre esta temática, foi recentemente publicada uma obra da autoria de James Crawford, intitulada “O Poder das Fronteiras – Como Constroem, Destroem e Definem o Nosso Mundo”.
Ao longo das páginas, “o autor percorre a história das fronteiras até ao nosso incerto e frágil futuro – as fronteiras virtuais da Internet e a geografia em mudança de um mundo encurralado pelas alterações climáticas. Pelo caminho, atravessamos fronteiras antigas e recentes: das paisagens glaciares dos Alpes austríacos-italianos ao único local da Terra onde a Europa e África se encontram; do Walled Off Hotel de Banksy, no conflito israelo-palestiniano, ao deserto de Sonora e às linhas fronteiriças EUA-México”.
Este livro “explora como as fronteiras cresceram e evoluíram para assumirem o controlo das paisagens, memórias, identidades e até dos nossos destinos. À medida que nacionalismos, alterações climáticas, globalização, tecnologia e migração em massa colidem com o reforço de fronteiras, algo tem de ceder”.
Por fim, é de referir que lança uma questão muito interessante: “terá chegado o momento de abdicarmos das linhas que nos dividem?”
Manuel Ferreira dos Santos
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