Foram recentemente publicados, no Expresso, dois artigos bastante esclarecedores sobre esta temática:
- China restringe exportação de metais essenciais para fabricar ‘chips’;
- EUA preocupados com restrições chinesas à exportação de metais para semicondutores.
Para uma melhor compreensão desta questão, está disponível nos escaparates uma obra da autoria de Chris Miller, intitulada a Guerra dos Chips – O combate pela tecnologia mais crucial do mundo. Os semicondutores são o novo petróleo – o escasso recurso de que depende o mundo moderno, pois, o poder militar, económico e geopolítico está alicerçado nos chips dos computadores.
Até muito recentemente, os Estados Unidos desenharam e produziram os chips mais avançados e mantiveram a liderança como a primeira superpotência. Hoje, os EUA estão a perder a vantagem. Acresce que a China, que gasta mais dinheiro a importar chips do que a importar petróleo, está a investir dezenas de milhares de milhões de dólares num plano para destronar os EUA da liderança – um esforço ilimitado para adquirir a tecnologia mais importante do mundo. Não está em causa apenas a prosperidade económica dos Estados Unidos, mas também a superioridade militar.
A Guerra dos Chips conta a fascinante história de como os minúsculos chips de silício surgiram para redefinir o mundo, desde os investigadores geniais que os inventaram e os titãs da tecnologia que construíram Silicon Valley, e os lucros que geraram, até aos oficiais do Pentágono que os usaram para revolucionar o poder militar. E revela o moderno cenário dos semicondutores, em que os chips de vanguarda são produzidos a partir dos componentes eletrónicos mais pequenos algum dia fabricados, tudo para apoiar uma indústria gigantesca que envolve cadeias de fornecimento à escala global imensamente complexas e abastece algumas das companhias mais valiosas do mundo.
Uma obra de indiscutível interesse.
L.M.Cabeço
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