Num artigo publicado no Público em 11/08/2025 é levantada a questão da falta de coordenação no dispositivo de combate a incêndios, em particular no caso de Trancoso, havendo referência a alguns casos concretos. Em 2024, um relatório da AGIF alertava para evidentes “fragilidades crónicas” na coordenação entre entidades e “debilidades” na gestão em simultâneo de vários eventos complexos, agravadas pela “incompleta gestão dos espaços rurais”.
Por seu turno, uma notícia do Correio da Manhã dá nota que a substituição dos antigos comandos distritais “foi um enorme erro” e está a atrasar o combate às chamas, porque o sistema convoca primeiro corporações que estão muito longe e ostraciza outras muito mais perto dos incêndios. De acordo com António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, o atual sistema não funciona e é uma aberração sob o ponto de vista operacional, propondo o regresso aos comandos distritais.
Assim, estes sinais vêm reforçar a importância de um debate sério e estruturado, sendo essencial que as autoridades competentes tenham em linha de conta as críticas e os relatórios de especialistas e de quem atua na linha da frente, visando a implementação de um sistema que seja verdadeiramente capaz de proteger o território e a população.
L.M.Cabeço

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