De acordo com diversos analistas, estamos num crescendo de tensão entre a Rússia e o Ocidente. A maior ostensividade ou mesmo indícios de agressividade de Putin, tem levado ao redimensionamento da presença militar da NATO na Polónia, nos países bálticos e noutros países que possam vir a ser alvo de possíveis ameaças russas.
A este propósito, foi recentemente lançada uma obra da autoria de Garry Kasparov, antigo campeão de xadrez e uma das poucas vozes ativas da oposição russa, intitulada “O Inimigo que Vem do Frio”, uma crítica feroz às tendências
autocráticas de Putin e um alerta importante aos principais líderes para que deixem de pactuar com o presidente russo, revelando como esse pendor pode colocar em causa a paz do planeta.
Esta demonstração de força de Moscovo está bem patente na passagem, na zona económica exclusiva portuguesa, de uma frota composta por nove navios russos, comandada pelo porta-aviões Almirante Kuznetsov (classificado nalguns meios como obsoleto e perigoso), de passagem para Síria, país onde a atuação dos meios militares russos se tem feito sentir de uma forma particularmente acutilante no conflito sem fim à vista que ali se desenrola.
Para já um objetivo foi atingido: a Europa voltou-se a lembrar dos russos.
Manuel Ferreira dos Santos
Discussão
Ainda sem comentários.