Nos tempos que correm assistimos a um constante incremento da utilização de drones nos mais variados tipos de missões. Inicialmente apenas os militares recorriam a estas aeronaves, posteriormente a sua utilização foi estendida a outras áreas, nomeadamente a segurança interna (v.g. fluxos de trânsito, incêndios, acompanhamento de operações, ambiente, grandes eventos).
Ainda recentemente foi notícia a morte do líder do Daesh no Afeganistão morto em ataque dos EUA com drone, e um drone britânico que interrompeu uma execução pública do Estado Islâmico na cidade de Abu Kamal, no leste da Síria.
Relativamente a esta temática, foi recentemente publicado um livro intitulado Drones – Guerra por controlo remoto, da autoria de Hugh Gusterson, “uma tecnologia que parece mágica, dá aos seus possuidores, que estão a contemplar a cena do céu, um poder quase divino sobre a vida e a morte”, redefiniu a guerra, tornou obsoleta a distinção entre campo de batalha e vida civil, afastou o risco de morte de um dos lados (criando uma assimetria que é a negação do próprio princípio da guerra) e instituiu um direito de perseguição universal.
Um contributo indispensável para os especialistas em segurança e defesa aprofundarem conhecimentos sobre esta questão.
Manuel Ferreira dos Santos
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