está a ler...
Segurança

GNR – alteração da estrutura interna

Na sequência da frequência com aproveitamento dos primeiros-oficiais da Guarda Nacional Republicana no Curso de Promoção a Oficial General, foi publicado o Decreto-Lei n.º 7/2021, de 18/01/2021 que  procede à primeira alteração ao Decreto Regulamentar n.º 19/2008, de 27 de novembro, que definiu o número, as competências, a estrutura interna e o posto correspondente à chefia dos serviços de apoio diretamente dependentes do comandante-geral e dos serviços dos órgãos superiores de comando e direção da GNR e, ainda, à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 298/2009, de 14 de outubro, que aprova o sistema remuneratório dos militares da GNR.

A publicação deste diploma, conforme consta do respetivo preâmbulo, insere-se no âmbito de um processo de transição sereno e natural, tendo o major-general Carlos Chaves, afirmado (no âmbito de um extenso artigo publicado no DN sobre esta temática e cuja leitura se recomenda vivamente) que “é desejável que até 2025 toda a estrutura de comando da GNR esteja preenchida pelos oficiais de carreira da Guarda. Até o comandante-geral”.

Por seu turno, o major-general Agostinho Costa (no mesmo jornal) classifica este momento como o “crepúsculo dos generais da Guarda (matutino para os da GNR, vespertino para os do Exército”), realçando que se trata de “um momento sensível que interessa ao Exército terminar bem, porque o legado do Exército continuará inscrito na cultura organizacional da GNR e porque o faz a uma geração de Oficiais de excelência, que a irão projetar no futuro para patamares certamente ainda mais elevados”.

Este oficial-general que foi segundo-comandante da GNR refere ainda que o processo de transição deve ser claro, sem que subsistam dúvidas “sobre os propósitos do Comando-Geral e que os oficiais, que a muito curto prazo estarão no topo da instituição, se sintam parte do processo, porque lhes diz diretamente respeito”, vendo a criação dos Departamentos elencados no Decreto-Lei atrás referido como uma aparente “medida espúria, sem justificação funcional, de onde os oficiais em apreço não retiram qualquer mais-valia para as suas funções futuras”.

Da nossa parte esperamos que este processo seja uma evolução sem aventureirismos, devidamente consolidada e que não ponha em causa a instituição, mas sem “trunfos na manga” que pretendam criar obstáculos à normal progressão dos oficiais da GNR e à sua chegada ao topo da hierarquia desta força de segurança de natureza militar centenária.

L.M.Cabeço

Discussão

Ainda sem comentários.

Deixe uma Resposta

Please log in using one of these methods to post your comment:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

WOOK

%d bloggers gostam disto: