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Defesa Nacional, Forças Armadas

E de repente começou-se a falar das Forças Armadas

Wook.pt - Pensar a Defesa Nacional, Pensar as Forças ArmadasCom o eclodir da guerra na Ucrânia o tema das Forças Armadas saltou para a ribalta. A questão da tal gabardine que é preciso comprar no verão, como afirmava o General Cabral Couto, passou a ocupar um espaço que até aqui lhe era vedado.

A este propósito, não poderia deixar de mencionar as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, quando tocou na questão das promoções e referiu que  «para um dia não termos “que fazer omeletes sem ovos”, é preciso dar “perspetivas às carreiras” e garantir “equipamentos compatíveis” com a NATO».

Por sua vez, Ascenso Simões, num excelente artigo de opinião publicado no Expresso, aponta  “três problemas que, por responsabilidade dos políticos e das estruturas militares, têm vindo a agravar-se”:

  • A valorização social e a dimensão simbólica da estrutura castrense;
  • Os objetivos estratégicos e as consequentes medidas operacionais;
  • Os meios técnicos e humanos.

Não poderíamos deixar de aludir ao General Pinto Ramalho, autor de um livro intitulado Pensar a Defesa Nacional, Pensar as Forças Armadas,  onde se oferece uma excelente contribuição para ajudar a refletir sobre a Defesa Nacional e sobre as nossas Forças Armadas.

Reina a unanimidade, relativamente às Forças Armadas tem que haver mudanças e urgentes, sob pena de sermos apanhadas desprevenidos e recorrer às tais “omeletes sem ovos”. Resta saber como.

Neste contexto, não poderia deixar de citar o General Gomes da Costa no rescaldo da Batalha de La Lys, “que a memória dos bravos que ficaram nessa terra estranha da Flandres sirva ao menos ao Exército para se compenetrar da necessidade de se manter sempre preparado, se quer manter a independência nacional, e aos dirigentes leve a convicção de que os exércitos se não improvisam, e exigem uma cuidadosa preparação, desvelos, cuidados e uma atmosfera pura, longe da deletéria atmosfera da política partidária, sempre nefasta e sempre oposta ao verdadeiro interesse da única política admissível no exército – o estar sempre pronto para se bater”Palavras muito atuais.

Por fim, recomendamos a leitura de um artigo de Luís Valadares Tavares sobre quatro ilações de dois meses de guerra na Ucrânia (erro dos militares, culturas bárbaras, novas armas, inutilidade da Guerra).

Sousa Santos

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