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Defesa, Forças Armadas

As Forças Armadas e a falta de efetivos

De acordo com números publicados na imprensa, faltarão mais de sete mil militares nas Forças Armadas, e  só em 2022 terão saído mais de dois mil. Perante este quadro, a ministra da Defesa fez uma súbita aparição para afirmar que o Governo está a trabalhar para reter e atrair efetivos para as Forças Armadas, argumentando que a situação atual estará relacionada com a epidemia de Covid 19. fa

Compreendemos a posição da senhora ministra para transmitir serenidade, mas a imagem que passa é de alguém muito empenhado, repleta de boas intenções, mas que não consegue ir além disso, ou seja ter rasgo e no mínimo passar a “paliçada”, o que aliás não é de estranhar tendo em conta o terreno minado que pisa.

Do nosso ponto de vista, o problema das Forças Armadas, das Forças de Segurança e da Administração Pública em geral, é uma questão de falta de atratividade mercê dos vencimentos praticados. Além disso, não nos podemos esquecer que houve uma transição “mal amanhada” do serviço militar obrigatório para o regime de voluntariado/contrato. O problema assume tais dimensões que até já se levanta a hipótese de recrutar estrangeiros, ideia que apesar do estatuído no n.º 2 do artigo 275.º  da Constituição da República Portuguesa, terá alguns apoiantes de peso, dado que a reintrodução do Serviço Militar Obrigatória acarretaria custos políticos muito elevados, e em Portugal as sondagens e a intenção de voto comandam a vida política.

É preciso decidir, “passar a paliçada” , fazer o resto da “pista de obstáculos” e resolver os problemas que existem. As Forças Armadas não podem continuar nesta situação, pois “são um pilar essencial da defesa nacional e constituem a estrutura do Estado que tem como missão fundamental garantir a defesa militar da República”.

Por fim, apesar deste quadro, as Forças Armadas portuguesas ocupam o  41º lugar, num universo de 145 países analisados, sendo a lista encabeçada pelos Estados Unidos.

L. M. Cabeço

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