Nos termos da Lei de Defesa Nacional, a defesa nacional tem por objetivos garantir a soberania do Estado, a independência nacional e a integridade territorial de Portugal, bem como assegurar a liberdade e a segurança das populações e a proteção dos valores fundamentais da ordem constitucional contra qualquer agressão ou ameaça externas. O Governo é o órgão de condução da política de defesa nacional e das Forças Armadas e o órgão superior de administração da defesa nacional e das Forças Armadas.
Esta área nobre da soberania está envolvida em mais uma polémica. Desta feita, estão em causa as afirmações de Paulo Branco, ex-diretor de Serviços de Gestão Financeira do Ministério da Defesa Nacional relativamente às investigações académicas de Helena Carreiras (atual ministra da Defesa), as quais apenas serviriam para dar um “carimbo científico” aos dados que eram recolhidos pela Direção-Geral do ministério.
A ser verdade, um artigo que deve ser lido com atenção para termos a noção de como se chega a determinadas conclusões neste país. E o mais grave, é que depois com base nelas podem-se tomar decisões com os resultados de todos conhecidos. Mais um caso merecedor de uma “investigação científica aprofundada” com múltiplos “grupos de trabalho” e diversas “equipas multidisciplinares”.
Entretanto, segundo o DN, a ministra da Defesa afirmou que «vai “reagir fortemente contra falsidades, mentiras que coloquem em causa” o seu trabalho enquanto investigadora na área das Forças Armadas e de sociologia militar».
Por fim, ainda neste domínio, foi recentemente publicado um livro intitulado Quando Tudo é uma Arma, da autoria de Mark Galeotti. Esta obra surge numa altura em que o conflito tradicional tornou-se demasiado caro para ser uma opção preferencial, demasiado impopular dentro de portas, e demasiado difícil de gerir, permitindo a compreensão desta nova dinâmica e assumindo-se como um manual de campo para a guerra do século XXI.
Sousa dos Santos
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