De acordo com o o Índice de Perceções de Corrupção de 2016 pela Transparency International, Portugal conseguiu ficar dentro dos 30 países menos corruptos do mundo, no 29.º lugar, baixando uma posição em relação ao ano anterior, e tendo à sua frente 15 países europeus. Este posicionamento, segundo a Transparência e Integridade Associação Cívica (TIAC), revela que “Portugal está estagnado no combate à corrupção”.
O livro “Na Rota da Corrupção” analisa o universo de redes ocultas que operam à margem do sistema financeiro global, transacionando triliões de dólares em operações de tráfico de droga, evasões fiscais, subornos e empresas ilegais. Estas redes escondem as identidades dos indivíduos que beneficiam de atividades ilícitas, com a cumplicidade de banqueiros, advogados e auditores pagos para fecharem os olhos a estes esquemas.
Neste livro, Jake Bernstein, revela como operam as empresas fantasma e como ajudam multimilionários e celebridades a fugirem aos impostos, e ainda como providenciam disfarces para atividades ilícitas de barões do crime e políticos corruptos em todo o mundo. Um olhar sério e perturbador que levanta questões incontornáveis sobre instituições legais em que sempre confiámos.
Por cá, a propósito do sinuoso processo de suposta utilização fraudulenta dos fundos para a reconstrução de Pedrógão Grande, João Miguel Tavares, num artigo de opinião publicado no Público, escreveu que “a excepção não é o corrupto. A excepção é a pessoa honesta”.
J.M.Ferreira
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