A nuvem negra do terrorismo abateu-se novamente sobre a Europa. Um homem armado abriu fogo, ontem à noite, perto do local onde decorria o Mercado de Natal de Estrasburgo, em França (país especialmente afetado por este flagelo), matando três pessoas e ferindo pelo menos 13, antes de fugir de táxi para parte incerta, levantando-se a hipótese de já ter abandonado o país. Ao que consta, o autor do ataque será Chérif C., 29 anos, natural de Estrasburgo, nascido em França, filho de marroquinos, detido diversas vezes por vários delitos, sobretudo roubos, tendo passado diversas vezes pelas prisões. Numa delas acabou por se radicalizar.
Este episódio, mais uma vez vem chamar a atenção para a necessidade de cooperação (no plano interno e externo entre todos os atores envolvidos no tratamento da questão), a adoção de uma atitude proactiva na qual assumem um papel essencial os serviços de informações, a existência de planos e sensibilização das magistraturas para este problema.
Caso contrário, não seremos capazes de detetar, prevenir, proteger, perseguir e responder. Não nos iludamos, estamos perante uma enfermidade que está dentro das fronteiras europeias e que persistirá no tempo.
J.M.Ferreira
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