Os serviços de informações são um pilar essencial para salvaguarda dos interesses do Estado. No caso português, incumbe-lhe assegurar, no respeito da Constituição e da lei, a produção de informações necessárias à preservação da segurança interna e externa, bem como à independência e interesses nacionais e à unidade e integridade do Estado, na vertente interna, pela ação do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e, na externa, através do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED).
Para uma melhor compreensão desta temática, não poderíamos deixar de dar nota da recente publicação de três obras. A primeira delas, “O Mundo Secreto, Volume I”, da autoria de Christopher Andrew, “oferece um relato fascinante de espiões, segredos e operações de espionagem através dos séculos e traça a sua evolução no mundo antigo, desde a arte da adivinhação até à efetiva recolha de informações na condução de operações militares”.
A outra, “Agentes Secretos – a nova espionagem mundial”, de Stephen Grey, onde se demonstra que não obstante os meios eletrónicos existentes, “o fator humano deste ofício de espiar está novamente a ser utilizado para combater os inimigos mais mortíferos do mundo”.
Finalmente, da lavra do ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa (SIED), Jorge Silva Carvalho, um livro, intitulado Ao Serviço de Portugal, onde, além de quebrar o silêncio em torno do “Caso das Secretas“, responde a questões interessam a todos nós: como se organizam os serviços de informação? Quais são os limites e o alcance do trabalho dos «espiões portugueses»? É possível manter um serviço de inteligência sem atravessar as fronteiras da legalidade?
Três obras para se compreender melhor um setor essencial nos tempos que correm, mercê das ameaças cada vez mais difusas, diversas e complexas.
Manuel Ferreira dos Santos
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