Pedro Carmo, presidente da Organização Sindical dos Polícias, escreveu um artigo bastante interessante no jornal i, onde começa por afirmar que a falta de efetivos na polícia é um problema oculto, abordando de seguida uma série de questões:
- Envelhecimento dos polícias,
- Excesso de polícias em tarefas administrativas,
- Diminuição da prevenção nas ruas,
- Incapacidade para acompanhar as tendências atuais da criminalidade,
- Vencimentos baixos.
Termina referindo que “temos de zelar pela segurança reforçando o efetivo policial na rua e munindo-o de condições materiais, para que tenha condições físicas e materiais para zelar pela segurança pública do cidadão”.
Um excelente texto de opinião que permite, ao cidadão comum, compreender melhor a realidade em que vivem aqueles que garantem diariamente a sua segurança.
Neste contexto, é de referir que o Movimento Zero, composto por militares da GNR e agentes da PSP, compareceu na cerimónia dos 152 anos da PSP que se realizou hoje na Praça do Império em Lisboa, virando as costas quando o diretor nacional da PSP, Luís Farinha, tomou a palavra na cerimónia. Quando o ministro da Administração Interna iniciou o seu discurso mantiveram-se na mesma posição, abandonando posteriormente o local.
Este movimento foi criado na sequência da condenação de oito polícias no julgamento do processo da Cova da Moura e dos confrontos entre agentes e moradores no bairro da Jamaica no Seixal, e para protestar contra as condições de trabalho e baixos salários, contando nas suas fileiras com cerca de cinco mil membros.
Manuel Ferreira dos Santos
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