A participação de Forças Nacionais Destacadas (FND) em operações de cariz internacional, reflete a materialização dos interesses nacionais no âmbito dos compromissos assumidos com as organizações internacionais que Portugal integra, designadamente a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU), bem como no quadro bilateral ou multilateral, com países aliados e amigos.
Neste âmbito, foi hoje publicada a Diretiva de Orientação Política para o Planeamento das FND para o Ano Civil de 2020[1], mencionando-se que deve dar-se prioridade às áreas geográficas de interesse estratégico, nomeadamente o Atlântico Norte, o Mediterrâneo, o Magrebe, o Sahel, a Africa Subsariana, e a região do Golfo da Guiné.
Ainda recentemente, o ministro da Defesa elogiou os militares envolvidos em missões internacionais, frisando que a segurança de um país já não está nas suas fronteiras, pode estar até muito longe. Em 2019, estiveram empenhados os seguintes meios: seis navios, 10 aeronaves, 66 viaturas táticas e 2349 militares, contribuindo para a paz, segurança e estabilidade internacional, satisfazendo os compromissos internacionais assumidos por Portugal, demonstrando solidariedade para com os nossos Aliados, e reforçando a presença no Atlântico, como espaço prioritário de interesse estratégico[2].
Duas notas finais. A primeira relaciona-se com a apresentação do novo armamento ligeiro do Exército, o qual está inserido no Programa Sistemas do Combate do Soldado, visando substituir a família de armas ligeiras, nomeadamente a Espingarda Automática G3. A segunda é a relativa ao facto de Rui Rio e António Costa estarem contra reintrodução do serviço militar obrigatório.
Manuel Ferreira dos Santos
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