Neste momento, não restam dúvidas a nenhum cidadão português sobre uma multiplicidade de problemas que afetam as Forças de Segurança, os quais se foram acumulando ao longo dos anos (vencimentos, recursos humanos, instalações, viaturas, agressões constantes, suicídios, falta de reconhecimento, etc…) e que não foram atacados com medidas de fundo.
Ao que parece entre “40% a 50%” dos candidatos à Polícia de Segurança Pública (PSP) estão a faltar às provas físicas, a este número tem ainda se acrescentar os 20% que costumam reprovar nesta etapa. A ser verdade, daqui resulta que esta Força de Segurança poderá ter de lidar com um universo escasso de escolha para ingresso no Curso de Formação de Agentes e das consequências que advêm de ter facto.. O mesmo se poderá vir a passar com a Guarda Nacional Republicana (GNR).
Alguém escreveu nas redes sociais: “Ser um mero subordinado e saco de boxe em troca de uns miseráveis 700 e poucos euros, outra coisa não se poderá esperar.” Na minha perspetiva, uma frase simples, mas repleta de conteúdo.
Todo este quadro exige uma reflexão profunda e uma mudança de paradigma na forma como se tem lidado com as Forças de Segurança e com as suas “enfermidades”. Por vezes, até me parece que se esquecem que estas têm por missão defender a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos, nos termos do disposto na Constituição da República e na lei.
J.M.Ferreira
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