Um grupo de cidadãos escreveu um artigo intitulado “Ir à raiz: mais políticas sociais, menos violência policial” no jornal Público, onde, aproveitando-se de alguns casos mediáticos para se insurgir contra a violência policial.
Para o efeito, em traços gerais, defendem o seguinte:
- Menos investimento na polícia, mais nas políticas sociais.
- Extinção de todos os mecanismos do Estado que, institucionalmente, criminalizam as comunidades imigrantes, negras, ciganas e pobres, ao criarem aparatos policiais específicos:
- Centros de instalação temporários;
- Fim das deportações;
- Fim da categoria “Zonas Urbanas Sensíveis”;
- Eliminação do artigo 250.º do Código de Processo Penal (Identificação de suspeito e pedido de informações).
- Maior rigor na investigação e verdadeiras consequências judiciais nos casos de violência, abuso da força, incluindo a discriminação racial e xenófoba na polícia.
- Escrutínio consequente dos/as agentes, através da sua expulsão imediata quando tenham:
- Comprovadamente feito uso excessivo da força,
- Sido racistas e xenófobos/as na sua vida profissional ou privada;
- Sido cúmplices desses atos por inação ou ocultação.
- Suspensão imediata de funções de quem, independentemente da posição hierárquica, esteja a ser investigado por crimes desta natureza.
- Limitação das formas de repressão legalmente ao dispor da polícia:
- Carros blindados;
- Drones;
- Câmaras de vigilância;
- Piquetes de intervenção rápida nos bairros da periferia.
- Proibição de disparos sobre carros em movimento e outras técnicas com evidentes riscos letais.
Aconselhamos a leitura deste artigo para que tenhamos consciência da visão que algumas franjas (v.g. “defund the police”) têm em relação à temática da segurança e da atividade policial, e para que seja possível compreender a sua contextualização, alcance e fundamentos.
Manuel Ferreira dos Santos
Discussão
Ainda sem comentários.