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Defesa, Relações Internacionais, Segurança

Quadro em agravamento

Aos poucos, de forma mais ou menos percetível, as questões relacionadas com a segurança alimentar vão  começando a fazer parteinsegal do dia a dia dos portugueses e dos europeus. Reflexo disso são os furtos nos veículos de transporte de mercadorias (v.g. atum, arroz) , os furtos nos supermercados, as medidas que vão sendo implementadas nesses estabelecimentos, os pedidos de ajuda que vão aumentando e a incapacidade de resposta. Em França, foi recentemente publicado um relatório, onde este assunto é analisado. Como já referimos, é premente a adoção de medidas de prevenção para mitigar este quadro e as suas consequências em termos de segurança interna.

A tudo isto não será estranho um conjunto de fatores, onde se incluem a seca, a inflação, o aumento das taxas de juros, do preço da energia e dos combustíveis, a guerra e os problemas relacionados com o fornecimento de cereais vindos da Ucrânia, havendo neste momento a hipótese da Rússia não renovar o acordo de exportação em vigor.  

A Guerra ao OcidenteEste quadro poder-se-á vir a agravar, depois do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, além do plano alimentar, no plano energético e no tecnológico (daí as ambições chineses  em relação a Taiwan) com a entronização de Xi Jinping, apelidado de ciber – imperador por Paulo Batista Ramos num artigo que escreveu na revista Sábado. Isto porque a «China está preparada para “aprofundar” as suas relações com a Rússia “a todos os níveis” e  para apoiar “determinadamente” Moscovo nas dificuldades». Além disso, Putin afirmou recentemente que «o período de “domínio absoluto” do Ocidente está “a chegar ao fim”».

Por fim, e tendo como pano de fundo esta cruzada contra o Ocidente, não poderíamos deixar de mencionar duas obras.A Mulher do Dragão Vermelho

Em primeiro lugar, uma da autoria de Douglas Murray, intitulada A Guerra ao Ocidente, onde se descreve como nos deixamos enganar por uma retórica antiocidental hipócrita e incoerente. Se os atos de xenofobia e discriminação são condenados na Europa e nos Estados Unidos, porque não denunciar o racismo genocida no Médio Oriente e na Ásia? Não são apenas os académicos desonestos que beneficiam com esta fraude intelectual, mas igualmente os tiranos, já que os olhos do mundo estão afastados dos seus atos.

No campo da ficção, da autoria de José Rodrigues dos Santos, foi recentemente lançado A Mulher do Dragão Vermelho,  onde o autor “nos transporta ao coração da geopolítica e mostra a grande ameaça que o Ocidente hoje enfrenta”, ao mesmo tempo que nos obriga “a refletir sobre o mundo em que vivemos e os perigos que nos ameaçam”.

L.M.Cabeço

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