Há uns tempos escrevemos um artigo sobre a tentativa de inversão da falta de atratividade da carreira policial. É público e notório que o número de candidatos a este tipo de carreira tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos.
Os motivos são sobejamente conhecidos pelo que não os vamos voltar a elencar. Por causa deles, no último concurso de admissão, registou-se um número anormalmente baixo de candidatos (3500) ao Curso de Formação de Agentes da Polícia de Segurança Pública. Depois de percorrido o processo de seleção, das 1020 vagas que estariam disponíveis apenas foram preenchidas 648, ou seja cerca de 40% das vagas terão ficado por preencher.
Uma situação verdadeiramente preocupante.
Não vale a pena andar a tapar o “sol com uma peneira” (dizendo que muitos dos candidatos entraram para o ensino superior) enquanto as causas desta situação não forem devidamente tratadas, independentemente dos cuidados paliativos aplicados, caminhar-se-á a breve trecho, como já referimos, para concursos que ficam desertos ou semidesertos, o que terá reflexos na satisfação das necessidades de segurança dos cidadãos, sobretudo do cidadão comum, porque os restantes poderão optar pela segurança privada.
Sousa dos Santos
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