Ainda recentemente, uma investigação da televisão pública da Noruega revelou que 38 espiões russos trabalham, ou trabalharam, em várias representações diplomáticas nos países nórdicos. Também a Grã-Bretanha e o Brasil se debatem com problemas idênticos.
Sobre a temática em apreço, foi recentemente publicado um livro intitulado Manipulação, O KGB e as Democracias Ocidentais, de Mark Hollingsworth. “Este livro revela a história secreta de uma agência de espionagem fora de controlo, responsável perante ninguém a não ser perante si própria e com a intenção de subverter a política ocidental numa escala quase inconcebível. Em 1985, 1300 agentes do KGB estavam destacados nos EUA. Na mesma altura, o FBI só tinha 350 agentes de contraespionagem. Desde os primórdios da Guerra Fria, o KGB aliciou parlamentares e diplomatas, infiltrou-se nos escalões mais altos das administrações públicas e disseminou notícias falsas por jornais de todo o mundo. Mas o que é mais perturbador é que nunca parou. Putin, por exemplo, é um homem do KGB da cabeça aos pés. Numa viagem de mais de meio século de intervenção da Rússia na política ocidental, o jornalista Mark Hollingsworth revela como a desinformação, o kompromat e a vigilância secreta continuam a desempenhar papéis fundamentais, nomeadamente na guerra da Rússia com a Ucrânia”.
Uma obra interessante para compreendermos os contornos da espionagem russo, em suma o seu “modus operandi”.
L.M.Cabeço
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