No início deste mês, uma agente da Polícia de Segurança Pública morreu em serviço quando conduzia uma viatura daquela Força de Segurança. Na sequência deste evento trágico, um dos sindicatos solicitou a inspeção das viaturas da divisão da PSP Loures. Aliás, a referência a este problema tem sido recorrente, quer na PSP quer na GNR.
Neste contexto, a Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) determinou a abertura de um inquérito, a que atribuiu caráter urgente, visando apurar o estado em que se encontram as viaturas utilizadas pela Divisão de Loures da PSP, designadamente se estão em condições para circularem na via pública; se os agentes policiais dessa Divisão são obrigados, pelos seus superiores hierárquicos, a usarem essas viaturas; quantos carros-patrulha existem para toda a área territorial da Divisão e se a Equipa de Intervenção Rápida dispõe de veículos para o exercício da sua ação policial.
Na nossa opinião, e tendo em conta as notícias que são frequentemente publicadas nos diversos órgãos de comunicação social, trata-se de um problema que atinge as Forças de Segurança a nível nacional. Caso se venha a apurar que existem viaturas que não estão em condições de circular na via pública e, mesmo assim, estas continuam a ser utilizadas no policiamento colocando em perigo os seus ocupantes e os restantes utilizadores da via pública, tal facto nada abona a favor da PSP, dado que uma das suas atribuições é “velar pelo cumprimento das leis e regulamentos relativos à viação terrestre e aos transportes rodoviários e promover e garantir a segurança rodoviária, designadamente através da fiscalização, do ordenamento e da disciplina do trânsito”.
L.M.Cabeço
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