Como já mencionámos noutras ocasiões, a criminalidade que se tem vindo a desenhar no horizonte não se compadece com os métodos clássicos de policiamento e exige um cada vez maior recurso à tecnologia tanto na vertente da prevenção do crime como no apoio à decisão.
A este propósito, Sara Albuquerque referiu que “o desenvolvimento tecnológico é reconhecido como uma mais-valia para a eficácia e eficiência do serviço prestado pelas forças de segurança. A crescente complexidade dos desafios securitários e a necessidade de aumentar a eficácia operacional, têm levado as FS a implementar diversas ferramentas tecnológicas, no desiderato de manter a segurança e a tranquilidade públicas”.
Neste contexto, foi recentemente publicado um livro da autoria de Francisco Ferreira, intitulado Polícia e (Novas) Tecnologias-Mais-valias e Constrangimentos em Reuniões e Manifestações, constando da respetiva apresentação que “a inteligência artificial, a big data, a nanotecnologia, a machine learning, a automação, a robótica e as fotocopiadoras 3D, são algumas das tecnologias emergentes que abrirão novos horizontes, mas também, novos riscos. Os governos terão de investir nas Forças e Serviços de Segurança, em sistemas de proteção e segurança de infraestruturas críticas, nos espaços públicos das cidades e na cibersegurança com o fim de conseguir um necessário equilíbrio entre Liberdade e Segurança. No entanto, as tecnologias emergentes (inevitavelmente) trarão novas adversidades e riscos, mas também grandes desafios éticos para os Direitos, Liberdades e Garantias”.
Um excelente contributo para um conhecimento mais aprofundado desta questão.
Sousa dos Santos
Discussão
Ainda sem comentários.