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Da praga da droga à petição das Forças de Segurança

1.De acordo com um artigo do DN, o tráfico de droga em Portugal converteu-se numa “praga”. Cada vez mais, as estruturas do crime organizado lançam mão da violência, da intimidação e da corrupção para atingir os seus intentos. Aliás, consta do último Relatório Anual de Segurança Interna (p.25) que se acentuou “a ameaça da criminalidade organizada, grave e violenta, associada, entre outros, a fenómenos como o tráfico de droga e o auxílio à imigração ilegal. O crescimento dos mercados de consumo europeus, em particular de cocaína,  contribuiu para a projeção de estruturas transnacionais de tráfico de droga latino-americanas, resultando no aumento de violência”.Narconomics

Um excelente artigo [1] que dá uma visão global do problema, onde se recorre à opinião da especialista  Sylvie Isabelle Figueiredo, do diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária, presidente do sindicato dos Técnicos de Handling dos Aeroportos. Ao mesmo tempo remete-se para algumas entidades a nível europeu com responsabilidade no combate a este verdadeiro flagelo (Comissão Europeia, Europol). 

Não poderíamos deixar de frisar que se trata de um domínio onde o sucesso, na vertente da prevenção e do combate, nunca será alcançado se não existir uma perfeita articulação, assente na cooperação, entre os diversos atores com competência para tal, nomeadamente as Forças e Serviços de Segurança.

2.Em Lisboa colapsou mais um edifício provocando dois feridos que foram retirados dos escombros. Uma situação que mais uma vez nos vem alertar para o risco de derrocada de uma parte significativa dos edifícios da capital em caso de sismo. Ao que consta, metade deles não resistiriam a uma catástrofe de natureza idêntica à que ocorreu recentemente em Marrocos, país onde passados três meses milhares de pessoas ainda continuam a viver em tendas. Portugal não está imune a uma catástrofe destas, basta recordar o sismo de 1755, a destruição associada e os milhares de mortos que provocou.

3.A cada dia que passa sobe de tom a contestação das Forças de Segurança (GNR e PSP) (com ecos também nas Forças Armadas e nos guardas prisionais) ao novo suplemento de missão para a Polícia Judiciária, aprovado já na fase de derrocada do atual Governo, o qual abrange os trabalhadores das carreiras especiais e das carreiras subsistentes da Polícia Judiciária, pelo exercício de funções em condições de risco, insalubridade e penosidade. Foi lançada uma petição denominada  “Por um tratamento condigno e paritário da PSP, da GNR e do CGP”, referindo aí que se deixou “mais de 40.000 profissionais de fora, mostrando bem o quanto o Governo funciona a várias velocidades, tratando uns como filhos e outros como enteados, enteados esses, que depois de meses a negociar, conseguiram obter uma singela dádiva de 69€ mensais, fixando o suplemento em pouco mais de 200€”

Uma situação que não se compreende, tal como já escrevemos, dado que ainda recentemente, o Primeiro-Ministro afirmou que “ninguém tem dúvidas da competência e da qualidade de investigação criminal desenvolvida por estas duas forças de segurança”. Além disso, a maioria dos restantes elementos da GNR e da PSP[2] o da atividade policial e onde se têm de tomar decisões ao segundo. Mais um “remendo” que não pode, de forma alguma, deixar de causar bastante perplexidade e indignação, uma verdadeira “bomba ao retardador” que o próximo executivo vai ter de desativar.

L.M.Cabeço

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[1] Outras referências ao tema na comunicação social:

[2]

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