A cultura de Informações é a designação dada ao movimento de aproximação dos Serviços de Informações à sociedade com o objetivo de sensibilizar os cidadãos para a importância da salvaguarda dos interesses de cada Estado e para o importante papel que, nesta sede, é desempenhado pelos Serviços, mas também por cada cidadão.
Nesta linha, decorre até ao próximo dia 15 de dezembro de 2016 a fase de candidaturas para a 4ª edição da pós-graduação em “Gestão de Informações e Segurança“, desenvolvida no âmbito de uma parceria entre o Instituto da Defesa Nacional (IDN), o Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa (ISEGI-UNL) e o Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).
Esta pós graduação destina-se a licenciados em qualquer área compatível que desejem adquirir competências relativas aos estudos de segurança e estudos estratégicos ou atualizar os seus conhecimentos e explorar novas perspetivas, face às atuais teorizações e temáticas profissionais com funções nas áreas das informações e segurança, nomeadamente elementos das forças e serviços de segurança, militares, gestores e técnicos da administração pública nas áreas de suporte à tomada de decisão e competitive intelligence, tendo como objetivos principais:
- Obtenção de capacidades de compreensão sobre as diversas fases do ciclo de produção de Informações;
- Compreensão, análise e investigação do(s) processo(s) de Globalização;
- Demonstração de conhecimento de inteligência e recolha de informações e técnicas de análise de dados;
- Promoção de capacidades de apoio à decisão potenciadas pela utilização de processos de gestão do conhecimento, Inteligência Competitiva e de Negócio;
- Compreensão do papel da inteligência estratégica no apoio à tomada de decisão.
O Plano de Estudos é constituído por 8 Unidades Curriculares, num total de 60 ECTS:
- Globalização e Riscos de Segurança;
- Serviços de Informações em Portugal;
- Serviços de Informações e Regimes Políticos;
- Social Network Intelligence;
- Dinâmicas Regionais de Segurança e Defesa;
- Inteligência Económica e Competitiva;
- Metodologia e Técnicas de Análise e de Prospetiva;
- Técnicas Analíticas Estruturadas para Análise de Informações.
Um contributo para desmistificar as informações como um meio pouco claro ou clandestino, em parte devido à longa tradição de polícia política, onde confluía a produção de informações, a manutenção da ordem pública, a investigação criminal e a direção do processo penal, e, não como uma forma de produção de “conhecimento que contribui para a garantia da identidade nacional, da integridade territorial, da soberania e da segurança nacionais, significando conhecimento profundo completo e abrangente”[1].
J.M.Ferreira
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[1] Rodrigues, Joaquim Chito, Para Uma Cultura de Intelligence em Portugal, Revista NOVA CIDADANIA, Julho/Setembro 2006, Lisboa, p. 22 e s.
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