A questão das prisões, por motivos diversos (e.g. fugas, instalações degradadas, suicídios, violência, corrupção, falta de guardas, excesso de lotação, assistência médica) salta com alguma frequência para a imprensa.
Desta vez foi um relatório, onde se dá conta de falhas graves no acesso às cadeias por parte dos funcionários, não se procedendo à “verificação minuciosa dos pertences que cada trabalhador carrega” (sem passagem pela máquina de raios-x), o que tem permitido a introdução de bens proibidos, nomeadamente telemóveis, objetos suscetíveis de serem utilizados em agressões e na preparação de fugas, e drogas. Na sequência da prática destes ilícitos, entre 2014 e 2016, foram expulsos nove guardas prisionais, o que indicia que a “máquina prisional precisa de ser afinada”.
Há que ter coragem de identificar os problemas e tratá-los quanto antes, para evitar nas prisões situações embaraçosas e trágicas que podem enfileirar com as de Pedrogão Grande e Tancos, designadamente um arremedo do Primeiro Comando da Capital e do seu “modus operandi”.
O pós-crise não justifica tudo, designadamente a inércia em matérias desta natureza.
L.M.Cabeço
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