No passado mês de dezembro, Emanuel Jorge da Silva Dias, militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) apresentou e defendeu uma dissertação de mestrado no Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto, subordinada ao tema “o militar da GNR enquanto vítima de crimes contra as pessoas e contra autoridade pública no exercício de funções”, tendo obtido a classificação final de 18 valores.
No âmbito da investigação efetuada, constatou que nos anos de 2012 a 2016, foram elaboradas 5.102 participações criminais (autos de notícia) registadas por crimes praticados contra os militares da GNR, e remetidas ao Ministério Público (MP) das respetivas Comarcas, cuja autoria é imputada a 5.712 alegados agressores (as) /autores (as), originando 7.348 vítimas militares da GNR que se encontravam no exercício de funções, durante os cinco anos do período em referência.
Hoje, na zona de Castelo Branco, um «elemento da GNR foi agredido durante uma “fiscalização de trânsito simples”», tendo o agressor conseguido apoderar-se da arma do militar. Ontem, a Polícia de Segurança Pública deteve na Lagoa, ilha de S. Miguel, um cidadão por tentativa de homicídio, com arma branca, de um agente de autoridade.
Infelizmente, regressamos e esta temática que ainda ontem abordámos no artigo intitulado Insegurança da Segurança. Aliás, arrisco-me a afirmar que se converteu, infelizmente, numa banalidade. Estaremos à espera, à semelhança do sucedeu com os incêndios do último verão, que haja uma situação com um elevado número de vítimas mortais para que se comece, pelo menos, a pensar numa mudança de paradigma nesta matéria?
Manuel Ferreira dos Santos
Discussão
Ainda sem comentários.