O Conselho da Europa considera como maus-tratos a idosos “todo o ato ou omissão cometido contra uma pessoa idosa, no quadro da vida familiar ou institucional e que atenta contra a sua vida, a segurança económica, a integridade física e psíquica, a sua liberdade ou que comprometa, gravemente, o desenvolvimento da sua personalidade”. As consequências para os idosos são arrasadoras, incluindo a diminuição da qualidade de vida, o aumento dos níveis de stress, a sensação de insegurança e impotência, os problemas de saúde e o aumento da mortalidade e morbilidade.
Da autoria de Mauro Paulino e de Dália Costa, foi recentemente publicado um livro intitulado “Maus-Tratos a Pessoas Idosas”, com uma abordagem multidisciplinar, trata esta problemática do ponto de vista de várias áreas científicas, desde uma visão demográfica, à psicologia, passando pelo direito, pelo serviço social, pela enfermagem e pela sociologia.
Uma obra que se reveste de um interesse acrescido, porque, conforme se menciona na sua apresentação, “a violência sobre as pessoas idosas é um problema social que integra a agenda política internacional e nacional. Esta violência pode assumir diversas formas e representar vários tipos de crimes. Torna-se, por isso, emergente definir políticas públicas na promoção de estratégias de envelhecimento ativo e para uma efetiva prevenção da violência”.
Sousa dos Santos
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