O ambiente político internacional tem vindo a mudar de forma significativa, o que implica alterações tanto na área da Defesa como na da Segurança Interna. Reflexo disso são as recentes afirmações do Presidente francês referindo-se à morte cerebral da NATO e aos riscos que a Europa corre. De imediato a chanceler alemã, Angela Merkel, veio a terreiro discordar desta visão “radical”.
Para uma melhor compreensão destas mutações, foi recentemente publicada uma obra da autoria de Michael Burleigh, intitulada “Uma História do Presente: o melhor e o pior dos mundos”. Na sua apresentação refere-se que “nas décadas que se seguiram ao fim da Segunda Guerra Mundial, a noção de que o mundo deve ser governado segundo o modelo ocidental da democracia liberal e do mercado livre foi amplamente aceite. Contudo, vários acontecimentos no dealbar do século XXI puseram em causa a ideia corrente de que não há outro caminho. Quem podia adivinhar que a China havia de se tornar uma defensora da globalização e liderar a batalha contra as alterações climáticas? Ou que a Rússia pós-soviética viria a representar uma ameaça mais séria à estabilidade mundial do que o Daesh? E à medida que os Estados Unidos se viram para dentro e que a Europa é assolada por políticas de austeridade e nacionalismos populistas, o consenso do pós-guerra parece ser cada vez mais precário”.
Por fim, o autor “sugere que, não obstante estarmos talvez na iminência de mudanças ainda mais significativas, é possível que, a seu tempo, os riscos se transformem em mudanças com um carácter estritamente positivo”.
J.M.Ferreira
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