Uma das questões mais badaladas e que recentemente levantou (e continua a levantar) acesa polémica foi a publicação do regime excecional de flexibilização da execução das penas e das medidas de graça, no âmbito da pandemia da doença Covid-19, devido a determinantes razões éticas, humanitárias e de saúde pública. Aliás, mercê de uma série de problemas (v.g. instalações, reinserção e reintegração dos reclusos, fugas, introdução de estupefacientes nas prisões, número e remunerações dos guardas prisionais), as prisões têm sido um tema fraturante em Portugal.
A este propósito, da autoria de Catarina Frois, foi recentemente publicado um livro intitulado Prisões, onde se faz “um retrato de um pequeno mundo fechado à força dentro de si mesmo”.
Para o efeito, “ao longo de dois anos, a autora deste livro visitou algumas prisões portuguesas, para compor a descrição e contextualização de uma realidade pouco conhecida, e até escamoteada”, um modelo carcerário-punitivo que suscita cada vez mais questões, desafios e problemáticas.
Sousa dos Santos
Discussão
Ainda sem comentários.