Ainda recentemente, «o presidente chinês indicou ao homólogo norte-americano que as relações entre os dois países, que são as duas maiores potências económicas mundiais, “não devem recorrer a armas” e que a comunidade internacional deve valorizar a paz e a segurança».
Apesar destas palavras, no relacionamento entre os dois países pesam diversos fatores, tais como os interesses que têm no Pacífico, a ascensão económica da China prevendo-se que possa ombrear com os EUA dentro de alguns anos, a questão de Taiwan, bem como o posicionamento que cada um tem relativamente à Rússia e à invasão da Ucrânia.
Sobre este tema, foi recentemente publicada uma obra da autoria de Oliver Letwin, intitulada China versus América, mencionando-se na sua apresentação que “a afirmação da China como superpotência global está a modificar a paisagem política internacional. À medida que o regime chinês se tornou mais assertivo, os EUA foram-no considerando o seu principal rival nos planos económico e militar. Neste livro, Oliver Letwin mostra como o ascenso da China se relaciona com o seu antigo poder imperial e enumera as principais zonas de conflito potencial entre China e EUA, com destaque para Taiwan”.
Além disso, “o autor considera que existe um risco efetivo de conflito militar entre a China, como superpotência ascendente, e os EUA, que procuram manter a supremacia mundial. Considera, no entanto, possível, embora difícil, que a guerra seja evitada”.
Mais uma leitura indispensável para compreender a realidade atual e prever o que o futuro nos pode reservar.
Manuel Ferreira dos Santos
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