Uma catástrofe consubstancia-se num acidente grave ou numa série de acidentes graves suscetíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas, afetando intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas ou na totalidade do território nacional.
Basta percorrer o Jornal Público (versão eletrónica) de 28/01/2014 para ficarmos elucidados acerca da possibilidade de ocorrência e dos danos provocados pelas catástrofes naturais. Mas para além destas existem as antrópicas (acidentes, conflitos, epidemias). Tanto de umas como de outras podem resultar vítimas mortais, as quais têm de ser identificadas.
Conforme refere Gonçalo Carnim, a antropologia forense é uma subespecialidade da antropologia biológica que utiliza os conhecimentos da biologia do esqueleto humano e de outras ciências forenses na identificação de cadáveres em avançado estado de decomposição, carbonizados ou gravemente mutilados e restos esqueléticos e no esclarecimento da causa e circunstâncias da morte dos indivíduos.
Daqui resulta a inquestionável importância da antropologia forense no âmbito da identificação de vítimas de catástrofes.
Neste contexto, o Departamento de Ciências da Vida, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, irá levar a cabo nos dias 17 e 18 de Abril de 2015, integrado no programa doutoral de Antropologia – ramos de especialização em Antropologia Social e Cultural, Antropologia Forense e Antropologia Biológica, o International Symposium on Anthropology and Natural Disasters.
Portanto, dado que este simpósio tem como objetivo discutir o impacto dos desastres naturais na vida humana, numa abordagem interdisciplinar, em relação ao mesmo não poderá ficar indiferente o leque de profissionais, das diversas áreas que de forma direta ou indireta estão relacionados com a temática.
Pedro Murta Castro
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