Decorridos três anos sobre os trágicos incêndios ocorridos na zona centro, com especial destaque para o concelho de Pedrogão Grande, o Observatório Técnico Independente, numa nota (2/2020), relata o que foi feito até agora para evitar situações similares e tece duras críticas relativamente ao caminho que falta percorrer:
- Ordenamento, gestão florestal, recuperação de áreas ardidas e mitigação do risco desadequados;
- Insuficiente formação e qualificação dos agentes;
- Indefinição no modelo de organização territorial a adotar pelos serviços do Estado com particulares responsabilidades no sistema;
- A precariedade laboral de diversos agentes;
- Falta de recrutamento para lugares de comando operacional;
- E a manutenção de alguns comportamentos de risco pela população em condições favoráveis à ocorrência de incêndios.
Em suma, como sempre o diagnóstico, ao que parece, até nem foi mal feito, mas depois na aplicação da terapia adequada, mais uma vez, tal como noutras situações, falhou-se. Tudo isto, num “contexto de risco [que] “tende a agravar-se como resultado das mudanças na paisagem e das alterações climáticas em curso”, ao que acresce, este ano, o impacto da pandemia de covid-19 que entre outros aspetos pode influenciar a constituição de equipas, de guarnições, de tripulações de aeronaves, de equipas helitransportadas e postos de comando.
L.M.Cabeço
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