Com o intuito de despertar algum torpor que se faz sentir na área da segurança e das ciências forenses no que diz respeito ao aproveitamento das inovações tecnológicas, escrevemos há algum tempo um artigo intitulado “Robosourcing na segurança interna – drones”, onde referimos que as potencialidades das aeronaves não tripuladas podem abranger, entre outras, a prevenção de incêndios e acompanhamento do seu combate, fotografia e filmagem de cenas de crime e de catástrofe (inclusive em ambiente NRBQ), perseguições de criminosos, vigilância de infraestruturas, fiscalização de trânsito.
Decorre da lei orgânica da Guarda Nacional Republicana (GNR) que lhe está atribuída a execução de ações de prevenção e de intervenção de primeira linha, em todo o território nacional, em situação de emergência de proteção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes e acidentes graves.
Através de uma notícia do jornal i de 23/10/2014, ficámos a saber que a GNR, no próximo ano, passará a dispor de drones para detetar incêndios e cartografar áreas ardidas, tendo como pano de fundo um protocolo entre a Tekever, a GNR e alguns municípios, recorrendo a fundos comunitários na ordem dos 3 milhões de euros. Este montante englobará a aquisição dos drones, os sistemas de telecomunicações, as viaturas e a formação dos militares.
Em suma, mais uma manifestação da tecnologia de ponta ao serviço da segurança, numa área tão sensível como é a dos incêndios que ciclicamente varrem a mancha florestal nacional, permitindo uma resposta pronta em zonas demograficamente debilitadas numa altura de crise em que os recursos humanos vão escasseando.
Manuel Ferreira dos Santos
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