está a ler...
forças de segurança, Investigação Criminal, Segurança

Notas breves

Da falta de atratividade à banalidade neste admirável mundo novo. 

1.Tal como o DN tinha avançado ontem, nos termos do Despacho n.º 1350/2023, foi renovada a comissão de serviço doziguezague superintendente-chefe Manuel Augusto Magina da Silva para o exercício do cargo de diretor nacional da Polícia de Segurança Pública. Os desafios são muitos. Principalmente a pouca atratividade para ingresso nas Forças de Segurança, sobretudo na base, o que não pode deixar de ter implicações na qualidade dos candidatos. E, esta falta de atratividade resulta dos baixos vencimentos, da precariedade em termos de condições materiais (e.g. instalações e viaturas) para o desenvolvimento da atividade policial, da falta de dignidade e da forma como tem sido conduzida a imagem das forças de segurança junto da sociedade, por vezes até parece que são culpadas de todos os males do mundo, um verdadeiro vazadouro de algumas frustrações o que está bem patente nas agressões sistemáticas a polícias.

2.Por falar em agressões a elementos das Forças de Segurança, os casos abundam na imprensa. Desta vez, “dois militares da GNR de Castro Verde foram agredidos por um condutor que depois de ser abordado se recusou a fazer o teste de alcoolemia e a fornecer qualquer documento de identificação”. Não poderíamos deixar de recordar que esta situação tem algo de análogo com uma outra ocorrida em Beja, em que um militar da GNR ficou com o nariz mutilado. De acordo com uma notícia do Observador, em 2022, até ao início do mês de setembro tinham sido agredidos 1325 elementos da GNR e da PSP. Uma banalização deste tipo de conduta, ao que temos de juntar um certo sentimento de impunidade.

3.Por fim, a Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), participou numa operação levada a cabo contra o grupo de ransomware HIVE que culminou no desmantelamento das operações deste grupo criminoso. Este grupo era um dos grupos cibercriminosos mais relevantes a nível mundial, sendo suspeito de ter atacado entidades portuguesas tão distintas como unidades hospitalares, empresas de análises laboratoriais, municípios, companhias de transporte/aviação, unidades hoteleiras, empresas tecnológicas, entre outras. Mais uma vez, a PJ demonstrou estar à altura dos desafios criminais resultantes deste “admirável mundo novo”, onde o cibercrime se tem vindo a banalizar.

L.M.Cabeço

Discussão

Ainda sem comentários.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

WOOK