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Defesa, informações, Investigação Criminal, Justiça, Relações Internacionais, Segurança

Casos e notas

Por causa do “filão do paládio”, o furto dos catalisadores tem vindo a aumentar, sendo uma referência quase diária na imprensa. Para fazer frente a esta verdadeira “praga”, a Polícia de Segurança Pública tem em marcha uma megaoperação em vários distritos  contra os grupos organizados que se dedicam ao furto destes componentes dos veículos automóveis [1]. Esta e outras ações similares são essenciais para dissuadir a prática deste ilícito (prevenção geral e especial) que desctse tem vindo a banalizar, causa elevados prejuízos às vítimas e diminui o sentimento de segurança.

De acordo com uma notícia veiculada pela TSF, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) perdeu mais de 300 funcionários, desde que foi anunciada a sua extinção, tendo muitos deles optado pela Frontex. Segundo o novo ministro da Administração Interna, o processo de extinção do SEF decorrerá com “serenidade, estabilidade e confiança”. Uma perda que pode vir a ter consequências sérias num futuro próximo, sobretudo no domínio do controlo das fronteiras, bem como na prevenção e no combate à criminalidade relacionada com a imigração ilegal e tráfico de seres humanos. 

Continua o folhetim em torno do processo de acolhimento dos refugiados ucranianos em Setúbal. O primeiro-ministro  pediu “serenidade” sobre o caso e alertou para “jogos de informações” da guerra. O presidente da República afirmou que há “entidades competentes para investigar” este tipo de situações. E, neste momento, depois de um pedido de inquérito feito pela Câmara de Setúbal, estarão em campo duas entidades: Comissão Nacional de Proteção de Dados e o Ministério da Coesão Territorial. Ganhou raízes no ideário nacional que quando não se quer apurar nada “abre-se um inquérito”. Em primeiro lugar, tendo em conta os contornos do caso existem outras entidades que podem dar o seu contributo. Depois, esperamos que neste caso se apurem responsabilidades porque como disse Marques Mendes, estaremos na presença de um caso grave.

Três notas finais sobre a guerra na Ucrânia. A primeira é relativa aos tanques T-72 russos que devido a uma falha na sua conceção se converteram em verdadeiros sarcófagos para a respetiva tripulação. Ao que consta  “a Rússia terá perdido pelo menos 530 tanques – destruídos ou capturados – desde o início da invasão da Ucrânia a 24 de Fevereiro”. Por outro lado, os últimos dados disponíveis preveem que a Rússia demorará anos a reconstituir” forças de elite. Finalmente, o  ministro dos Negócios Estrangeiros russo negou a intenção de pôr fim à guerra a 9 de maio, porque os militares não ajustam as ações a determinadas datas. Tudo aponta para o prolongamento do conflito e para a imprevisibilidade do desfecho. 

L.M.Cabeço

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[1] – PSP detém 15 pessoas e apreende 15 toneladas de catalisadores. In DN

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