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A semana: ameaça difusa e permanente

A semana [1] ficou marcada  por temas relacionados com diversas áreas, nomeadamente: Segurança, Defesa,  Relações Internacionais e Catástrofes.

Segurança e criminalidade 

Grande parte das notícias refere-se a crimes de proximidade — violência doméstica, agressões, raptos simulados, assaltos, homicídios, burlas, incêndios provocados.

  • Violência doméstica aparece com enorme frequência (agressores contra ex-companheiras, pais, avós, vizinhos).
  • Assaltos e raptos simulados revelam tanto no plano da criminalidade organizada como em pequenos golpes oportunistas.
  • Crescimento expressivo de denúncias de cibercrimes (+36% em Portugal).
  • Fraudes com criptomoedas e MBWay continuam a ser frequentes.
  • Operações internacionais (Interpol, redes de phishing) mostram a escala global.
  • A discussão sobre Inteligência Artificial nos tribunais e os riscos de uso indevido reforça o cruzamento entre tecnologia, justiça e ética.
  • Casos de corrupção e investigações (TAP, autarquias, tribunais).
  • Justiça com falhas (excesso de prisão preventiva, arguido que simulou rapto, fuga de imigrantes).
  • O reforço da videovigilância (Braga, Lisboa, Ílhavo) mostra uma viragem para o controlo preventivo.
  • Discussão sobre direitos dos imigrantes e substituição do SEF pela AIMA, ainda com fragilidades.
  • Nota-se também a preocupação com a profissionalização dos bombeiros e com os meios das forças de segurança.
Defesa - Drones, Guerra Invisível e Espionagem

É talvez o tema mais transversal da semana.

  • Drones surgem em diferentes frentes:
    • Defesa (Alemanha, Dinamarca, Polónia, NATO e até Portugal reforçam defesa contra incursões).
    • Criminalidade e uso ilícito (espionagem, tráfico, sobrevoos suspeitos).
    • Tecnologia militar (lançamento a partir de submarinos, uso em minas e cabos submarinos, ataques na Ucrânia e Rússia).
  • Fala-se já numa “parede de drones” na Europa, o que mostra como este tema ganhou estatuto estratégico.
Relações Internacionais

O pano de fundo é dominado por três frentes:

  • Ucrânia e Rússia: guerra prolongada, novas ameaças nucleares, uso de drones, apelos de Zelensky e resposta dura de Putin.
  • Médio Oriente (Israel-Gaza-Hamas-Irão): tréguas em aberto, ataques aéreos, execução de colaboradores e movimentação naval.
  • África (Sahel e Cabo Delgado): jihadismo, deslocações em massa, massacres.

Há também sinais de instabilidade global: EUA e NATO em alerta, incidentes com aviões russos, testes nucleares da Coreia do Norte, tensão Índia-Paquistão.

Catástrofes 
  • Tempestades e ciclones (Gabrielle nos Açores, tufão Ragasa na Ásia, cheias na Índia e Paquistão).
  • Incêndios rurais e urbanos continuam recorrentes, com destaque para os primeiros, mostrando a fragilidade estrutural do país nessa matéria (Ourém, Arganil, Algarve, Montalegre).
  • Incidência de doenças ligadas ao ambiente e ao clima (mosquito da dengue na Covilhã, tuberculose em Nampula).
  • Especialistas sublinham que Portugal é dos países temperados que mais arde em percentagem do território.

Em suma: Se tivermos em conta as notícias publicadas, tanto para o cidadão português comum (violência doméstica, assaltos, incêndios) como no plano internacional (ameaças híbridas, drones, guerra nuclear), a narrativa dominante é de ameaça difusa e permanente.

Manuel Ferreira dos Santos

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