O traço característico da semana que passou foi: um mundo em permanente alarme e incerteza. Do conflitos
geopolíticos à violência doméstica, do narcotráfico ao colapso ambiental, as notícias recolhidas no Press Center constroem um mosaico de medo, incerteza e resistência institucional.
Em primeiro lugar, a guerra e a reconfiguração das potências dominam o horizonte internacional. A “maior ofensiva russa” e a resposta da NATO, o reforço militar da Alemanha e o alerta nuclear de Putin e Trump expõem a fragilidade da ordem global. O discurso político mistura dissuasão com espetáculo, enquanto a tecnologia assume o papel de ator principal (drones, IA militar, armas hipersónicas) em detrimento da diplomacia. A Europa, entre o receio e a dependência, parece reagir mais do que agir.
Depois, no plano interno, foram relatados inúmeros casos de violência (homicídios, abusos, raptos, agressões a mulheres, crianças e até bombeiros), bem como de prisões em rutura, polícias exaustos, corrupção, ao que acresce um sistema judicial sobrecarregado.
A dimensão ambiental e tecnológica acrescenta nova inquietação. Tufões devastam a Ásia, vulcões despertam nos Açores, águas estão contaminadas por fármacos, e a espionagem digital surge até em autocarros chineses. A era da interligação total trouxe uma vulnerabilidade global que nenhum muro, firewall ou tratado consegue conter.
A semana termina como começou: sob o signo do alarme e da incerteza. Guerras, crimes e catástrofes sucedem-se a um ritmo alucinante que quase ultrapassa a nossa capacidade de compreensão.
Manuel Ferreira dos Santos
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