está a ler...
Ambiente, Catástrofes, Ciências Forenses, Cibersegurança, Defesa, droga, Forças Armadas, forças de segurança, geopolítica, informações, Inteligência Artificial, Investigação Criminal, Justiça, Proteção Civil, Relações Internacionais, Saúde, Segurança

Press Center 25-11-2025

25-11-2025

O Press Center de 25-11-2025 ficou marcado por uma série de notícias que abalam a confiança nas forças de segurança e na justiça em Portugal, bem como pela escalada da tensão no conflito na Ucrânia e pelos debates sobre a segurança europeia.

Segurança e Justiça

Uma operação da Polícia Judiciária (PJ) de grande envergadura levou à detenção de militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) e de um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), suspeitos de pertencerem a um grupo “de estilo mafioso” envolvido na exploração, maus-tratos e extorsão de imigrantes. A GNR, que repudiou os atos e afirmou que estes “não têm lugar” na instituição, está a cooperar com a PJ. A Obra Católica Portuguesa de Migrações sublinha que a alegada participação de elementos das autoridades mina a confiança no Estado. A PSP indica que já tinha denunciado crimes semelhantes há dois anos. Ficou-se ainda a saber que 25.507 pedidos de nacionalidade estão pendentes.

Paralelamente, a GNR regista um aumento do tráfico na costa, enfrentando a iminência do fim do contrato de vigilância sem que tenha sido lançado um novo concurso.

Noutro caso grave, onze bombeiros voluntários do Fundão foram detidos por suspeitas de abusos sexuais a um jovem voluntário, em contexto de uma “duvidosa praxe”. Os indiciados, que aguardarão os ulteriores termos do processo em liberdade, estão impedidos de entrar no quartel, exceto em situação de emergência.

O panorama da justiça inclui ainda a anulação das absolvições e a ordem para a repetição integral do julgamento da derrocada em Borba, bem como a condenação de um advogado em Portalegre por enganar clientes. No Porto, a PJ deteve cinco suspeitos de uma bárbara agressão a dois trabalhadores da construção civil no Barreiro. Um aluno do Colégio Militar foi agredido por colegas.

Os dados sobre violência de género são alarmantes: a APAV reporta um aumento superior a 11% no número de vítimas femininas apoiadas nos últimos três anos. A nível global, estima-se que, em 2024, uma mulher ou menina tenha morrido a cada 10 minutos às mãos do companheiro ou ex-companheiro. Mais de 50 mulheres idosas foram levadas para casas de abrigo. Em casos individuais, uma mulher que tentou matar o filho durante um internamento hospitalar foi condenada a dez anos de prisão. O Tribunal da Relação de Évora não considerou existir violação num caso de sexo violento que deixou uma jovem de 16 anos em risco de vida.

Outros incidentes de segurança e criminalidade incluem: a detenção, pela GNR da Ericeira, de um homem por ameaças à companheira; um homicídio por esfaqueamento nos Açores, tendo a irmã da vítima como principal suspeita; e a detenção de um homem duas vezes em menos de 24 horas por aliciar crianças, voltando a ser libertado. Registaram-se ainda casos de furto e um assalto com réplica de pistola. 

Cenário Internacional e Geopolítica

A guerra na Ucrânia domina as manchetes internacionais. Um ataque russo a Kiev provocou seis mortos, levando a Ucrânia a acusar a Rússia de responder com “terrorismo” às propostas de paz dos EUA. A Casa Branca afirma que a Ucrânia aceitou a “essência” do plano de paz, embora subsistam “detalhes delicados”. A UE reunirá os seus chefes da diplomacia para discutir o plano. 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, classificou a Rússia como uma ameaça à Europa, apelando a que não se demonstre fraqueza e defendendo um maior investimento europeu na sua própria defesa. Em França foi detido o quarto suspeito do furto no Museu do Louvre. Ao que parece os gauleses propuseram o investimento de “dezenas de milhões” no Arsenal do Alfeite.

Em África, a posição mantém-se complexa: o continente agradece à Rússia, mas defende a soberania da Ucrânia. Os EUA, por seu lado, designaram o Cartel de los Soles como organização terrorista, pressionando o líder venezuelano Nicolás Maduro.

__________________________________

__________________________________

J.M.Ferreira

Discussão

Ainda sem comentários.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

WOOK