De acordo com a comunicação social, durante o primeiro semestre de 2019, 391 elementos da PSP e 40 da GNR foram feridos em serviço. Entre 2016 e 2018, 3269 agentes da PSP e militares da GNR sofreram ferimentos em serviço[1].
Ainda recentemente, em Rio de Mouro, um agente da PSP foi agredido na sequência de uma intervenção relacionada com a regulação do poder paternal de uma criança, sendo transportado para o Hospital Amadora-Sintra, uma vez que ao cair bateu com a cabeça no pavimento.
A este respeito, voltamos a frisar que a forma como o Estado trata o fenómeno das agressões aos polícias tem que constituir em si um reforço da confiança que transmite ao cidadão, pois se a criminalidade contra os polícias ficar impune, não é crível que a criminalidade contra os cidadãos tenha uma resposta efetiva e mais eficaz na realização da justiça. Pelo contrário, potenciará um sentimento de omissão da justiça que não tardará a ser preenchido pela tutela individual de cada um a querer fazer justiça pelas próprias mãos.
Sousa dos Santos
_________________________________
[1] Sobre esta temática:
- Forças de segurança – agressões e indemnização;
- “Ser Jamaica” e “ser Polícia”;
- Os polícias, as pedras e o perigo que espreita à esquina;
- Forças de Segurança – agressões versus sentimento de impunidade;
- Violência contra polícias – a premência de uma estratégia;
- Atuação policial e livre convicção;
- Polícias num país de brandos costumes;
- Forças de segurança – agressões;
- Insegurança da segurança;
- Elementos das forças de segurança enquanto vítimas;
- Agruras de causas profundas;
- Injúrias – forças de segurança.
Discussão
Ainda sem comentários.