está a ler...
Ambiente, Catástrofes, Ciências Forenses, Criminologia, Defesa, droga, Forças Armadas, forças de segurança, geopolítica, informações, Inteligência Artificial, Investigação Criminal, Justiça, Proteção Civil, Relações Internacionais, Saúde, Segurança

Press Center 24-11-2025

24-11-2025

Resumo áudio:

O dia ficou marcado por uma conjugação inquietante de tensões internacionais, violência interna e sinais de fragilidade institucional, compondo um retrato desafiante da atualidade portuguesa e global.

No plano externo, a guerra na Ucrânia voltou a dominar a agenda. Foi anunciado o corte de rotas de abastecimento no Leste e ocorreram novos ataques mortíferos, ao mesmo tempo multiplicam-se iniciativas diplomáticas: a Europa insiste no princípio “nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”, Zelensky aponta o que considera ter sido “roubado” por Moscovo e surgem contrapropostas a planos de paz que envolvem UE, NATO e Estados Unidos. Ainda assim, a Rússia rejeita as versões ocidentais e intensifica ataques com drones, mantendo Kharkiv sob fogo.

A par disto, a tensão no Indo-Pacífico cresce: o Japão prepara o posicionamento de mísseis perto de Taiwan e Pequim acusa Tóquio de provocar instabilidade. No Médio Oriente, Israel anuncia mudanças profundas na hierarquia militar, enquanto no Sudão se tenta um cessar-fogo frágil. E sobre a Venezuela, Washington agrava a pressão, classificando Maduro como terrorista e ponderando operações controversas.

Em Portugal, a atualidade foi marcada por uma sucessão de casos de criminalidade violenta, acidentes e investigações. O país regista 24 mulheres assassinadas este ano e 40 tentativas confirmando a persistência e gravidade da violência de género. As forças policiais detiveram suspeitos de furtos, tráfico de droga, fraude fiscal e esquemas de criptomoedas, enquanto casos de violência doméstica continuam a acumular-se, com mais de 1100 detidos desde Janeiro. Incêndios urbanos e industriais deixaram feridos e famílias desalojadas, e vários corpos foram encontrados em circunstâncias suspeitas em Oeiras, Comporta e outras localidades.

A Justiça também esteve sob escrutínio: processos mediáticos avançam com dificuldade, como o de Duarte Lima, outros culminam em absolvições, e o debate sobre a confiança nas instituições ganha novo fôlego. Paralelamente, a ASAE intensificou a fiscalização alimentar, revelando abates clandestinos e dezenas de contraordenações.

No campo da saúde, agravam-se os alertas: a gripe aviária volta a expandir-se com quase uma centena de surtos na Europa e casos detectados em Portugal, enquanto a Ministra da Saúde admite um inverno “muito duro” devido a uma nova estirpe.

Por entre a turbulência, há sinais de organização e resposta: a PSP reforça o policiamento de proximidade em Braga, prepara a integração de elementos da Frontex nos aeroportos em 2026 e várias operações revelam capacidade de investigação e detenção rápida.

Este dia tem como imagem marcante, os conflitos que não cessam, as ameaças sanitárias que regressam e os problemas estruturais que persistem. Entre avanços diplomáticos, crimes anunciados e dúvidas sobre a resiliência das instituições, 24 de Novembro de 2025 deixa uma impressão clara: o mundo e o país continuam num estado de alerta permanente, exigindo vigilância, coordenação e capacidade de resposta (internas e externas) para enfrentar desafios cada vez mais interligados.

____________________________________

__________________________

J.M.Ferreira

Discussão

Ainda sem comentários.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

WOOK